quinta-feira, 1 de agosto de 2013

As peripécias do Cafa - conto 1

Diga quem comes e te direi quem és. Noite dessas, quando ainda era um cafinha, estava na balada já naquele grau, aquele que passou da cerveja, entrou na vodka indo para o whisky e energético. Mesmo com visão turva identifiquei a vítima/felizarda: loirinha, coisa de profissional e eu, claro como interessado no “ramo,” sei o que é produto bom ou não. Fiquei rolando mó ideia, amaciando a presa. Meus amigos já querendo pegar o caminho da roça e eu enrolando nas saideiras. Foram uma,duas, três saideras até que os caras falaram que iriam mesmo. Eu já tava mais louco que a liga da justiça, querendo ir ao infinito e além, decidi ficar na cara coragem e p*****(dick), me deixaram com R$50,00 pro taxi pagaram a conta e foram embora. 

Eu já nos agarra com minha loirinha tentando leva-la pro matadouro. Só que ela tinha que levar uma amiga embora - é também pensei que a amiga ia entrar no pacote, mas ela era “grande” bem grande, eu não tenho nada contra, mas nem a favor. Então a amiga porpetinha convida a gente pra tomar mais uma na casa dela, no carro o agito começou, só que dentro da minha barriga e eu precisei de inúmeras paradas para “desintoxicar” foi quando em uma dessas paradas eu vi uma placa com letras enormes escrito DIVISA DE SÃO PAULO E MINAS GERAIS. Nessa hora resolvi perguntar onde elas moravam e me responderam que era Monte Sião – MG. Bom, quem tá em minas come o pão de queijo. 

Chegamos na casa da “fofinha”, fui direto para o banheiro, e quando saio a minha surpresa: a linda me deixou, acho que o clima ficou pelo caminho. Peguei meu telefone e, como em toda historia, estava sem bateria. Pedi o celular dela emprestado, liguei para meu amigo e falei “olha, estou em Minas, se eu não voltar amanhã, já sabe por onde começar”. A fofa me ofereceu estadia e eu aceitei, como cafa grato fui retribuir e acabei sendo engolido, abusado e mastigado pela gordinha. Meu consolo foi ter deixado selo de cafa paulista em Monte Sião. 

Amanheceu a fofa me levou a rodoviária, mas o único ônibus pra SP era à tarde. Ofereceu-me estadia de novo já me passando a mão, eu já recusei alegando ter compromisso em SP. Pedi pra me levar a outra rodoviária na cidade vizinha; no meio do caminho a estrada ficou vazia e tinha mato pra tudo que era lado e logo eu já imaginava ela me matando (creio que esmagado), e cortando meu “amigão” pra guardar de troféu. Chegando lá a fofa disse “vai lá ver que horas sai o ônibus” eu fui, faltava uma hora anda pro ônibus comprei a passagem e voltei pro carro, mas quando olho, ela foi embora, fui usado e jogado fora, caiu de boca no cafa e deixou os restos. Cheguei em SP com aquela ressaca maldita, faminto, sujo e com orgulho comido.

domingo, 28 de julho de 2013

Cafa: um mal necessário

crédito @ClubDoCafajeste

Toda mulher precisa de um cafa na sua vida – fato. Não digo namorar um cafa, se iludir, sofrer, chorar o Tietê todinho. Mas é que mulher quando se envolve com um cara desse tipo, amadurece. E com sorte aprende essa milenar filosofia da cafajestagem.
Esses caras nem sempre são dotados de uma beleza de tirar o fôlego. Sério? Sério! Mas esse seres têm várias habilidades que um coração – e desejo – feminino algum pode resistir. Eles têm lábia, minha amiga! Seriam facilmente aqueles galinhas que, em noites do pijama com suas amigas, você tratou de maldizer por horas. A diferença entre essas duas espécies é tão grande que vou falar só dos pontos mais importantes:
1- O amor
Sim! Um cafajeste ama. Juro que ama. Mas o amor dele é estilo Vinícius de Moraes, amando muitas.
O galinha também ama... o próprio umbigo! Além do carro, o gel pro cabelo, as baladas...
2-  O prazer
Ao contrário desses frangos, um cafajeste se preocupa em te dar prazer, isso lhe alimenta o ego. Pra ele, o prazer tem que ser dos dois. Ele não vai descansar enquanto não ouvir da sua boca um gemido de atravessar paredes. Já o galinha, esse só quer uma trepada qualquer e uma gozada qualquer – desde que venha dele, é claro.
3-   As promessas
Os C’s vão prometer a lua se isso fizer seus olhos brilharem. E ele realmente a buscaria, só por amor. O problema cai exatamente no item número 1 dessa lista. O amor deles tem prazo de validade. Alguns mais, outros menos, mas um dia o encantamento se vai e eles precisam ir embora. E a gente fica.
O Don Juan paraguaio também vai fazer milhares de promessas, mas não vai ter nem um terço do mel na voz que tem um Cafa de alma. Ele vai prometer mundos e fundos... olhando pra bunda da sua melhor amiga!
4-   O sexo
Faz uma pausa, pega um copo d’água que o negócio vai esquentar. Esse homem veio com um mapa do seu corpo guardado no bolso, fez curso pela internet, reescreveu o Kamasutra e entrevistou mais de mil cortesãs pra entender a mente e o corpo feminino. Esse cara faz suas bochechas queimarem e o vão entre suas pernas vira as Cataratas do Iguaçu em época de cheia. Ele é nota 10 em performance, dedos e língua.
Os mequetrefes e moleques (sim, esses não crescem nunca) galinhas estão cobertos pelo ego. Não são capazes de enxergar um menor sinal de prazer ou desconforto que a mulher possa dar. Também pudera, são cegos pela própria vaidade e a única motivação de suas vidas é aumentar sua lista de peguetes.

Ter um verdadeiro cafajeste na sua vida é um presente. Ele é o melhor professor de relacionamentos e relações interpessoais que você pode encontrar na vida. Então estude esse manual de sobrevivência pós sexo épico – porque eu tenho certeza que o boyzinho da academia que você acha tudo de bom não tem metade do dom que um cafa tem pra transformar suas pernas em gelatina – e tire seu diploma na Royal Academy of Cafajestagem. 

Só depois de cair na lábia de um deles, levar pra cama e acreditar que ele é o amor da sua vida é que você vai receber a sua vacina anti-papofurado. E, vacinada e com o diploma na mão, corre pro abraço que o céu é o limite. Envolva-se com todos os cafajestes que cruzarem o seu caminho, e agradeça por existirem. Eles – e não o vibrador ou o cartão de crédito – são a verdadeira libertação do universo feminino.

Cafagirl: Mulher de M maiúsculo, diplomada na Academy e vacinada mais de dez vezes. Não é feminista, nem machista, nem qualquer outro rótulo - exceto o de Cafajeste e leve manipuladora de homens de cabeça fraca. Diz ela, a maior admiradora dos homens e seus charmes

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O que é ser um Cafa?

É ser um puto e um gentleman. A mistura exata de Príncipe William e Mc Catra. 

Quando se fala de cafajeste, a grande maioria já pensa em um cara canalha, que só vai te trazer sofrimento, um moleque que de nada valeu a pena na sua vida, né? Mas não é bem assim. Ser um cafajeste não é ser um cara imaturo, é apenas ter uma cabeça bem aberta, sonhadora. 

Cafajeste não quer iludir uma mulher, ele não fala mentiras – até porque, naquele momento, são reais para ele. O Cafa é um cara romântico, atencioso, ele quer viver momentos incríveis e proporcionar à mulher que está com ele as lembranças mais gostosas que ela pode ter. Ele se preocupa mais com o prazer dela do que o dele. O prazer é o que importa, e olha, ele vai te dar prazer, de um jeito que nunca teve. 

Ser um Cafa é assistir ao filme romântico para ter ideias e ganhar aquela mulher quieta do trabalho; é não medir esforços, distâncias, problemas. E com tantos momentos incríveis, como não se apaixonar, né? E aí é que começa o problema. Ele fez tudo o que teve vontade, realizou seus sonhos mais secretos e te fez sentir confiante e realizada. Agora acabou o papel dele na sua vida, porque do mesmo jeito que você gostou desses momentos, ele também, mas a rotina não prende esse espírito livre. 

Se ele sumiu, se não tem mais aquele tempo para você, não o odeie, se apegue aos momentos bons porque, garota, eles foram muito bons, e saiba que foram totalmente honestos da parte dele. Mas agora ele precisa voar, trazer essa felicidade para outras (mas se você assim quiser, sempre pode rolar um after). Aproveite o que ele pode te dar de bom, aquela lembrança inesquecível, aquele sexo no capô em uma rua escura, ou dentro do carro da autoescola. Toda mulher precisa de um cafajeste, para ensinar depois o bonzinho.


"Não é que o cafajeste não se apaixone, é que ele faz isso todo dia por mulheres diferentes"